Se estão a ver isto no dia 25 de dezembro ao final do dia… Feliz Natal para vocês! Obrigada por cederem um bocadinho do vosso tempo ao ler o novo episódio do #PerkXmas.
Se estão a ler isto depois, espero que tenham tido dias incríveis juntos dos vossos entes queridos, a enfardar comidinha da boa que é o que se quer nesta altura. 😉
Cada vez menos sinto o espírito natalício, pelo menos, com a intensidade com que vivia em criança. Sempre achei que o Natal era um momento de família e união entre todos (coisas de ex-emigrante que via isto das férias de Natal como um momento para ver as pessoas de quem mais gosta). Mas, em contra partida, acredito que o Natal é feito para as crianças.
Lembro-me de ser muito pequenina (ainda mais do que sou agora 😂) e de haver um Natal em que passamos longe de toda a família, sem ser os meus pais e irmão. A tradição manteve-se em todo o seu esplendor, inclusive na altura em que chega o Pai Natal. Mas… os meus pais deram-se ao trabalho de deixar um chapéu de Natal caído na varanda, como se o Pai Natal se tivesse esquecido dele, e algumas artimanhas para parecer que o bendito do homem andou lá por casa. Adorei – adorei porque acreditei mesmo que pudesse ser verdade, que o senhor d o fato vermelho (obrigada Coca-Cola!) tinha entrado lá em casa para deixar os presentinhos para todos.
Eu bem sei que as crianças já são (muito) mimadas durante todo o ano, com a ideia da magia, de serem especiais e únicos, mas ao Natal (pelo menos, na minha família pouco ou nada católica) a imagem que mais importa é a figura fraternal e amorosa do Pai Natal (talvez o único adulto estranho que os nossos pais nos deixem chegar perto, até ao ponto de nos colocarem no seu colo, aliciados pela sua magia).
Eu acho que sempre acreditei no Pai Natal. Aliás, nem sei bem qual foi o momento em que, supostamente, “deixei de acreditar” nele, talvez por ter sempre alguma criança na família que ainda acreditava no Pai Natal e, por isso, nunca quis perder a magia desta celebração (cada vez menos católico-cenas). Muito envolvida nesta fachada de “ter de acreditar”, acabei por nunca deixar verdadeiramente de o fazer.
Talvez por isso me entusiasme tanto em ver os mais pequenos a abrir os presentes, ou faça uma verdadeira festa cada vez que alguém recebe uma prenda, ou ainda dedicar-me a arranjar miminhos para aqueles que verdadeiramente gosto e deliciar-me ao saber que gostaram daquilo que preparei para cada um.
Por isso, quando me perguntam se ainda acredito no Pai Natal, a resposta é sim. Mais do que acreditar no Pai Natal, acredito mesmo na figura que ele transmite e na mensagem que passa – na magia, na partilha, na união, no amor ao próximo e na família, e principalmente, pelas crianças.
O Pai Natal está em cada um de nós, por isso… A resposta será sempre ‘sim’ – ainda acredito no Pai Natal.
Até ao próximo episódio!
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